quinta-feira, 24 de março de 2011

Jambaque - o corpo em todas as suas vibrações

5ª Edição da Jambaque
A Comunidade Cultural Quilombaque realizou no último sábado, 19, a quinta edição da “Jambaque – o corpo em todas as suas vibrações”, uma festa que aborda várias linguagens artísticas, entre elas teatro, performance, música e vídeo-interação.


Mesmo chovendo, o espaço estava lotado e contou com a presença de diversos artistas. A pick-up foi comandada pelo DJ Klevinho, do asPhoneRaps, além dos DJ’s Naves e MF. Nesta edição, a festa manteve seu cunho ideológico com já tradicionais intervenções acerca da questões de gênero, racial e também da relação do homem com a natureza.



Os clowns Torradinho, Tchiasko e Amora, da Trupe Liuds, trouxeram uma dramaturgia muito divertida e ao mesmo tempo questionadora, com trechos que faziam alusão à falta de sensibilidade humana dentro das cidades. “Mais está tudo cinza, será que você não percebe? Os peixes estão cinza, as nuvens ciestão cinza, meu beta colorido está cinza”, era um dos trechos do espetáculo.




A cantora de MPB, Dena Hill, também trouxe letras carregadas de críticas à desigualdade social e racial. Ela, que também é estudante de Psicologia, comenta que sofria preconceito na universidade e, por conta disso ingressou no Movimento Negro, quando começou a criar letras que falam sobre descriminação. “Há, ainda, muito preconceito injetado nas pessoas, é difícil desconstruí-lo", comentou a cantora.


Lembrando-se que estamos em um mês de lutas femininas, o Coletivo Cultural Esperança Garcia trouxe uma intervenção discutindo a questão de gênero. “Vamos abrir os olhos, reivindicar e falar dessa ferida que ainda existe na sociedade, que deve ser curada e não só cicatrizada”, argumentou a arte educadora Juliana Queiroz, falando sobre a violência contra a mulher, dando ênfase à mulher negra. “A ideia de realizar esta apresentação é de multiplicar as discussões sobre o assunto e gerar a reflexão”, explicou Samanta Biotti, arte educadora e participante do coletivo.


O grupo de reggae DaMata também agitou a festa em conjunto com o o Mc Phontom. “A Quilombaque é o lugar onde eu consigo resgatar as minhas raízes africanas”, comentou Rãs Darhatan, vocalista do DaMata.

Jéssica Moreira























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