domingo, 28 de fevereiro de 2010

A vida em Moçambique

Carlos Subuhana ilustra cultura e costumes do país

Crédito fotos: Divulgação/Quilombaque

A tradição oral é um dos pilares mais fortes da cultura africana e serve como base até hoje para as diversas formas de arte nos países daquele continente, como a literatura e o cinema. Com o tema "Ndano: As Veredas da Palavra nas Rodas, no Papel e no Cinema em Moçambique", o moçambicano antropólogo e contador de estórias Carlos Subuhana ilustrou os principais costumes do país, incluindo os mais diferentes e inusitados, como os ritos de iniciação no norte de Moçambique, nos quais o prepúcio do homem é cortado para simbolizar a passagem para a vida adulta, enquanto que o clitóris da mulher é alongado.

Outros temas também foram abordados, como a colonização européia, a guerra civil, o movimento de independência, o socialismo e as religiões, como o islamismo. Ao final da aula, Subuhana explicitou ainda mais a tradição oral de Moçambique e contou diversas estórias, sempre com um conceito moral com o objetivo de melhorar o ser humano e a sociedade. Destaque para os contos "O Morcego e o Galo" (não procure imitar os outros sem saber fazer) e "A Tola Hiena" (quem tudo quer, nada tem).

E ainda teve a exibição de filme que apresenta quatro amigas moçambicanas na fase da adolescência. A obra mostra o costume de se fazer uma roda e ficar contando muitas estórias, sobretudo sobre o dia-a-dia, por horas a fio. No filme, as meninas conversam sobre diversos assuntos e são guiadas por trechos de uma telenovela brasileira, deixando clara a influência estrangeira no país e outros aspectos da cultura moçambicana.

Confira algumas fotos da palestra de Carlos Subuhana no Espiral Negra:

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Perusferia na mídia

TV Brasil fala sobre violência contra a mulher em SP


O Perusferia - Artevismo no Beco, que aconteceu em dezembro do ano passado, continua repercutindo. Na última sexta-feira (19/02), a TV Brasil, que cobriu boa parte das atividades culturais - incluindo graffiti com mais de 100 grafiteiros do país inteiro -, exibiu reportagem com foco no tema do evento: Homens pelo Fim da Violência contra a Mulher.

Clique aqui, assista à reportagem e faça seu comentário. Ah, e fique à vontade para espalhar para seus contatos. E atenção: em março teremos atividades em comemoração e conscientização ao Dia Internacional da Mulher.

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Matemática e Cultura

Terceiro encontro do curso joga nova luz à matemática

Crédito fotos: Divulgação

Na terceira etapa do curso Espiral Negra, uma parceria entre os coletivos Comunidade Cultural Quilombaque, Sarau Poesia na Brasa, Elo da Corrente e Edições Toró, tivemos a presença do professor e matemático Vanísio Luiz da Silva e do diretor cultural da Rosas de Ouro, Seu Dica, num bate-papo envolvendo matemática e cultura, passando pela história da escravidão e da composição matemática das letras de samba. O professor Vanísio tratou de deixar bem clara a influência da matemática no dia-a-dia, e que ela não é apenas um pensamento científico, mas sobretudo a ciência que resolve problemas, das mais variadas ordens.

Devido às reformas no espaço da Comunidade Cultural Quilombaque para o Ponto de Cultura, o curso do último sábado (20/02) aconteceu na antiga sede do projeto, uma garagem na casa dos fundadores da ideia. Confira algumas fotos:

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2010

Território, samba e geografias

Espiral Negra discute samba e espaços na cidade de SP

Com Dona Maria Helena - presidente da Velha Guarda da escola de samba Rosas de Ouro e da Embaixada do Samba de SP - e o professor Billy Malachias - geógrafo e pesquisador - o encontro do dia 06/02 do Espiral Negra trouxe à tona as discussões sobre o lugar do samba hoje em São Paulo e como os territórios são modificados constantemente, a despeito das raízes de cada comunidade. Dona Maria Helena, por exemplo, fez uma radiografia do surgimento da Rosas de Ouro no bairro da Vila Brasilândia, zona norte da cidade, passando pelo doloroso afastamento da sede da escola para a Freguesia do Ó. Mesmo com a mudança, ela acredita que o alicerce da escola continua na Brasilândia e que um dia todo esse esquema mercantilista do carnaval de SP vai mudar. A mesma opinião tem o professor Billy, que falou também sobre a identificação de cada um com determinado território e espaço da cidade, que muitas vezes não são físicos.

No próximo encontro do Espiral Negra, neste sábado (20/02), teremos o tema "A Geometria do Ritmo: Fração, Passo e Compasso", com a presença de Seu Valdir Brito, o Dica - diretor cultural da Velha Guarda da Rosas de Ouro - e de Vanísio Luiz da Silva - educador matemático e professor da rede municipal de ensino.