terça-feira, 30 de junho de 2009

Aulas do MOVA

Quilombaque inicia curso para jovens e adultos

Na próxima segunda-feira (06/07), às 19h, começa na Comunidade Cultural Quilombaque o curso do MOVA (Movimento de Alfabetização de Jovens e Adultos), aberto para todo o bairro de Perus e região. As inscrições já estão abertas e podem ser feitas de segunda a sexta, das 14h30 às 21h30, em nossa sede. Para se inscrever é preciso levar cópia do R.G. e do CPF.

As aulas, que serão dadas pelo professor Érico Conti, vão apresentar conteúdo correspondente ao ensino de 1ª a 4ª série. Após avaliações frequentes, o aluno pode ser considerado apto a cursar a 5ª série do ensino fundamental. O curso - com 20 vagas disponíveis - acontece de segunda a quinta, com duas horas e meia de duração por dia (das 19h às 21h30).

Anote o endereço da Quilombaque e venha fazer sua inscrição. Garanta já a sua vaga!

Travessa Cambaratiba, portão 05 (rua sem saída paralela à estação de trem Perus; próxima à Praça Inácia Dias)
Horário de funcionamento: das 14h30 às 21h30.

sexta-feira, 26 de junho de 2009

Michael Jackson não morreu

Cantor foi homenageado no Radiola Urbana

Crédito: Renan Bastos

Michael Jackson morreu? Quem foi que disse? Ele estava lá na Praça Inácia Dias, em Perus, dentro do Projeto Radiola Urbana, da Comunidade Cultural Quilombaque, nesta sexta (26/06). É, o astro do pop faleceu, mas nós fizemos a nossa singela homenagem ao "cara que foi um vírus que lutou bravamente para não ser deletado", como disse Clébio (Dedê) durante a exibição do DVD de um show que o cantor fez em Bucareste.

Era arrepiante de se ver: a praça estava tomada de canto a canto. O momento mais marcante foi quando o público não tirou os olhos do telão montado no coreto enquanto o videoclipe da música They Don't Care About Us - gravado em 1996 no Brasil, com o Olodum - era exibido. Michael estava lá, sem dúvida alguma.

E o público era de todos os tamanhos, idades e gostos. Tinham velhos, jovens - a maioria - e até crianças. As diversas gerações que viveram a mesma época que Michael podem se considerar sortudas. Não é todo dia que alguém faz o que ele fez. Cinco décadas foram mais do que suficientes para se destacar e mostrar que o seu talento vai além da dança ou da voz: a sua missão maior foi a mobilização de multidões ao seu redor. Agora, essa mobilização só tende a crescer. O corpo saiu de cena, mas o mito ficou. Salve Michael!

A Quilombaque não podia deixar passar a oportunidade. O tributo a Michael Jackson vai ficar marcado na memória de todos que estiveram presentes ali naquela noite, um dia após a sua morte.

quarta-feira, 24 de junho de 2009

Mais caixinhas de leite

Oficina acontece neste sábado na Quilombaque


Quer reutilizar as caixinhas de leite aí da sua casa? Então traga as suas para a Comunidade Cultural Quilombaque neste sábado (27/06), a partir das 13h, para a oficina gratuita de forro de telhado com este material. Além de ensinar os participantes a confeccionar o forro, outro objetivo é melhorar o conforto térmico do nosso espaço, já que o telhado com caixinhas de leite pode diminuir em até 10ºC a temperatura ambiente. Fora isso, o lugar fica mais bonito com a cor prateada do interior das caixas.

Então, anote na agenda:

Oficina de forro de caixinha de leite
Quando: dia 27/06 (sábado), a partir das 13h.
Onde: Comunidade Cultural Quilombaque (Travessa Cambaratiba, 05, rua sem saída próxima à estação de trem Perus e Praça Inácia Dias).
Material
: levar caixinhas de leite fechadas

segunda-feira, 22 de junho de 2009

Inglês e Guarani na Quilombaque

Inscrições para os cursos já estão abertas

Espaço Quilombaque ainda em construção

Para quem não perde a oportunidade de aprender uma nova língua, fique atento para mais esta iniciativa da Comunidade Cultural Quilombaque. No dia 01 de agosto começam as aulas de Inglês e Guarani em nosso espaço. Confira:

Dia e horário: todos os sábados, das 15h às 17h.
Local: Comunidade Cultural Quilombaque (Travessa Cambaratiba, número 05, rua sem saída paralela à estação de trem Perus).
Taxa de Inscrição: R$ 10,00 + 1 kg de alimento não-perecível (por curso)

As inscrições podem ser feitas através do e-mail quilombaque@gmail.com e também em nossa sede, diariamente das 14h às 20h30. Para se inscrever é preciso informar nome completo, endereço e telefones, além de cópia de R.G.

O dinheiro e os alimentos arrecadados serão destinados para manutenção do espaço e para doação à Reserva Indígena do Jaraguá, respectivamente. Para mais informações entre em contato com Lucinéia pelo telefone (11) 9171-0731.

domingo, 21 de junho de 2009

Consciência no Mês do Meio Ambiente

I Movimento Eco-Cultural: mudança e persistência


A praça Inácia Dias é nossa! Alguém que estava lá no último sábado (20/06) duvida disso? O saldo final do I Movimento Eco-Cultural, promovido em Perus pela Comunidade Cultural Quilombaque, não poderia ter sido melhor. Muito movimentado, o lugar ganhou uma nova cara, seja pela pintura do histórico coreto, seja pelas intervenções artísticas e de conscientização que aconteceram durante todo o dia.

Pelas conversas com os participantes das diversas oficinas que tomaram conta da praça foi possível perceber a admiração pela iniciativa e a opinião de que é extremamente necessário dar um ar melhor para o local. O tema do evento era o meio-ambiente, mas ali estava implícito uma série de fatores, como falta de oportunidades e lazer para os moradores do bairro. Com um certo espanto, as pessoas começam a perceber, aos poucos, que nós podemos transformar sim o lugar onde vivemos.

Entre as oficinas que aconteceram durante toda a tarde de sábado estão a de origami, marmorização em papel, pintura do coreto com tinta natural (terra e baba de cacto) e reutilização de madeiras. Nesta última, as crianças - que já tinham ido tomar a vacina contra a paralisia infantil - pintaram e bordaram com as tintas guache. O resultado está lá nas pilastras do viaduto, com algumas mandalas cheias de arte e experimentação. A exposição sobre a produção de sabão com óleo de cozinha foi outra atração. Em breve, iniciaremos em nosso espaço a oficina de reutilização do óleo descartado.

Também durante a tarde, o grupo de teatro Pandora se apresentou e inseriu a praça e o coreto em um contexto crítico e divertido. Depois das 18h, horário em que estava programada a exibição do documentário Uma Verdade Inconveniente, houve alguns problemas técnicos, mas curtas-metragens de animação entraram no lugar. O filme, que fala sobre aquecimento global e destruição do planeta, será exibido no próximo CineQuilombo (27/06).

Para finalizar o I Movimento Eco-Cultural três shows: Immortal Conspiração - o grupo de hip hop do Fuga -, bateria-mirim do Valença Samba e Refúgio, grupo de percussão da Quilombaque. Depois disso, os DJs ainda soltaram mais um som pra fechar a noite em grande estilo. Foram 12 horas ininterruptas de atividades e transformação da praça e das pessoas. Mas como em todo trabalho social e cultural a persistência é uma das palavras-chave para manter o ritmo e mostrar que a mudança está em cada um.

E que venha o próximo Movimento Eco-Cultural! Aguarde... Enquanto isso, dê uma passadinha pela praça e perceba a diferença. O coreto está mais iluminado do que nunca com sua nova roupa, com suas novas cores, com seus novos ares.

Confira algumas fotos:

terça-feira, 16 de junho de 2009

Memória Quilombaque

Material relembra história e eventos da Comunidade

Os textos, programações, eventos e iniciativas da Comunidade Cultural Quilombaque listados abaixo fazem parte do que produzimos nos últimos anos, desde 2005. Confira:

PROJETO PINÓQUIO


O Projeto Pinóquio, desenvolvido junto à Comunidade Cultural Quilombaque, é formado por artesãos de Perus, bairro da periferia de São Paulo. Os artesãos produzem arte construindo coisas com sobras de madeira (marchetaria).

O QUE É MARCHETARIA?

A marchetaria é a arte de ornamentar superfícies planas de móveis, painéis, pisos e tetos, através do uso de sua principal matéria-prima: a madeira reaproveitável. Com a diversidade de uso dessa arte, pode-se construir objetos tridimensionais, esculturas, utilitários, jóias etc.

Com ênfase em design, o projeto valoriza a produção artesanal em que esteja envolvida, principalmente, a cultura. O respeito ao meio ambiente é fundamental para a beleza da técnica, que dá possibilidade de geração de renda a pequenos produtores.

Legenda: Fotografia de um objeto produzido pelo projeto. Participantes: Clébio Ferreira, Cleiton Ferreira, Douglas Liuds, Janice Albuquerque.


FANZINE: O poder de um ícone

As marcas são parte de um discurso moderno mais amplo sobre a busca desesperada por felicidade e alegria, prometendo gratificação imediata e prazer.

Do marketing do produto ao marketing da idéia, mais do que nunca, as marcas precisam procurar significados, e a melhor maneira é através de ídolos de gêneros musicais, esportivos, astros cinematográficos etc. Usando a imagem de alguns ídolos, as marcas fazem a promessa de que, se adquirido tal produto, este o tornará tão bom quanto eles.

Cada vez mais nos encontramos citados por slogans de propagandas que nos comunicam ordens, valores e ideologias. O impacto das marcas está se excedendo do simples fato de comprar. O que as marcas nos oferecem pode ser descrito como algo pronto para pensar, como aquelas propagandas de cigarros que citam sensações de prazer.

É complicado notar como propagandas se apropriam de certos valores, e transformam certas marcas em conceito de vida, como filosofia e religião, e se apresentam como substitutos.
As buscas pelas marcas não são dadas só pelo conforto ou qualidade. Na verdade, as pessoas querem um sentido a mais, uma auto-seleção, ponto de referência e alimento espiritual.
Sendo que uma pessoa possa ficar, em média, seis horas por dia em frente a uma TV, fora outros meios de comunicações como rádio, revistas, jornais, outdoor etc, juntando tudo, a exposição das marcas e suas propagandas é maciça.

Se prestarmos a atenção ao nosso redor, e à nossa cultura, veremos que tudo está basicamente privatizado, incluindo idéias e formas de vida, dando a parecer que as marcas têm impacto muito maior que idéias.

Não que tenhamos que viver em uma sociedade em preto e branco, sem símbolos; mas temos que ter noção de que estes ícones são os primeiros e principais provedores de significados, e provedores dominantes; e, para um progresso amplo, a comunicação é o fator mais influente.
E se a alternativa de uma sociedade é uma sociedade sem marcas, significa que estaremos numa sociedade sem opiniões e sem visões opostas, na qual podemos ter um produto de cada uma das marcas, o que tornaria uma sociedade sem liberdade, equilíbrio e, ainda, totalitária.

Mas, afinal, o que nos falta como sociedade, que temos que buscar nas marcas para nos preenchermos?

Douglas Santos (Buzzy Liuds)
Membro da Comunidade Cultural Quilombaque

*A opinião aqui exposta é de responsabilidade do autor. A Comunidade Cultural Quilombaque abre espaço para outras opiniões, se consistentes e construtivas.
*O fanzine "CHEGA DE PALHAÇADA" (2007) é uma produção independente da Comunidade Cultural Quilombaque. A seção "Fanzine" reproduzirá os textos dessa produção.

FANZINE: Qual é a sua cara?

A questão de identidade, atualmente, é das mais complexas em nossa realidade, pois muitos reprimem o seu “eu”. Em verdade, são forçados a perder a noção de sua real identificação e, a todo momento, a representar muitos diferentes papéis sociais, para que, assim, possam se enquadrar na organização manipuladora da sociedade, pois a não participação da construção da sua realidade faz que sua imagem não apareça, tornando-se, assim, sua presença alienada.

Essa imposição alienante da realidade social os leva a buscar meios para a diminuição do medo de serem aceitos, e a buscar, em um estado insignificante de massificação, proteção em outra forma de identificação mais poderosa. Assim, uns querem ser ou o “Che” Guevara, ou o jogador Beckhan; outros querem ser ou a mocinha da novela das oito, ou o traficante poderoso da quebrada; ou, até mesmo, os pastores que colocam Deus como proteção para tudo. Assim, muitos vão perdendo, cada vez mais, a sua identidade.

Enfim, essa realidade impõe uma falsa identidade para um “eu” reprimido, mostrando qual o discurso que todos têm de assumir para não ter uma imagem de incapaz julgada. Porque o maior medo de todos é a pergunta “quem é você?”. E, para se protegerem dessa maldita pergunta, se disfarçam para não se mostrarem verdadeiramente. E, nessa representação da vida, saberão todos, realmente, qual é a sua identidade?

Cleiton Ferreira (Fofão) Membro da Comunidade Cultural Quilombaque

*A opinião aqui exposta é de responsabilidade do autor. A Comunidade Cultural Quilombaque abre espaço para outras opiniões, se consistentes e construtivas.
* O fanzine "CHEGA DE PALHAÇADA" (2007) é uma produção independente da Comunidade Cultural Quilombaque. A seção "Fanzine" reproduzirá os textos dessa produção.

FANZINE: Auto-reflexão

Resgate cultural. Será que todos nós sabemos o verdadeiro sentido de cultura? Parece que não. Como resgatar algo que mal sabemos o que significa? Talvez a proposta ideal não seja resgatar a cultura e, sim, trabalhar a idéia de que todos nós colaboramos culturalmente uns com os outros; afinal, tudo o que nós, seres humanos, produzimos por meio do aprendizado é cultura.

Nossa cultura é construída, sem dúvida, por tudo aquilo que absorvemos desde o dia em que nascemos. Somos uma colcha de retalhos que nunca deixará de ser tecida. Seria muita pretensão dizer que pretendemos resgatar a cultura porque esta é uma maneira de desvalorizar o repertório cultural dos demais indivíduos.

Na verdade, o que falta é o autoconhecimento, muitos não sabem do potencial cultural que têm. A cultura não é algo que pode ser “despertado” em alguém; ela é intrínseca ao ser humano, existe desde que “nós somos gente” e, por isso, somos uma mescla, um combinado de influências que agem sobre nós, mesmo que imperceptivelmente.

Impossível que Perus, um bairro da cidade de São Paulo que tem cerca 140 mil habitantes seja carente de cultura; mesmo que tivesse 10 habitantes não o seria. O que falta é estímulo, é fazer as pessoas perceberem o potencial que têm e tudo aquilo que elas podem fazer. Por isso, acho errônea a idéia de resgate cultural porque só seria um resgate se todos tivessem ciência de que algo foi perdido ou deixado para trás. Infelizmente, sabemos que não é assim que funciona, já que muitas pessoas, devido às adversidades da vida, não têm tempo de praticar uma auto-reflexão, ou seja, elas não se conhecem. Então como cobrar um conceito, como o de cultura, delas?

Despertar o olhar crítico talvez não seja a solução adequada, mas uma opção. Então, como aguçar esse olhar? Palestras cheias de conceitos não resolvem o problema, com certeza. Palestras que discutam o cotidiano das pessoas podem ser interessantes, pois o que interessa é fazer as pessoas se sentirem familiarizadas, e não inferiorizadas.

Perus, com certeza, não é o paraíso que desejamos, mas também não é o inferno que vemos. Talvez nossos olhares sejam precipitados e decepcionados devido à falta de incentivo. Olhar de dó não vale a pena. Continuo achando que falta auto-reflexão.

Sheila Moreira Jornalista e colaboradora do fanzine CHEGA DE PALHAÇADA

*A opinião aqui exposta é de responsabilidade do autor. A Comunidade Cultural Quilombaque abre espaço para outras opiniões, se consistentes e construtivas.
*O fanzine "CHEGA DE PALHAÇADA" (2007) é uma produção independente da Comunidade Cultural Quilombaque. A seção "Fanzine" reproduzirá os textos dessa produção.

PROGRAMAÇÃO JULHO/2007

CINEQUILOMBO
SESSÃO DE FILMES ALTERNATIVOS QUE NÃO PASSAM NA TV!
Todas as Quintas-Feiras, às 19h

DIA 05/07 - QUANTO VALE OU É POR QUILO
Documentário, Brasil, 2005, 104 min. Direção: Sergio Bianchi.
Um paralelo entre a vida no período da escravidão e a sociedade brasileira atual, focalizando as semelhanças no comportamento "mercadológico" das duas épocas.

DIA 12/07 - ADEUS LÊNIN!
Drama, Alemanha, 2004, 121 min. Direção: Wolfgang Becker.
Um filho dedicado que tem sua mãe em coma quando o muro de Berlim cai. Ela acorda depois de 8 meses em coma sem poder sofrer qualquer tipo de emoção. Desesperado e criativo, ele faz de tudo para não mostrar para a mãe a situação do país.

DIA 19/07 - SURPLUS
Documentário, Suécia, 2003, 52 min. Direção: John Zirzan.
Uma intensa odisséia visual filmada ao longo de três anos em oito países, Surplus explora a natureza destrutiva da sociedade de consumo.

DIA 26/07 - O PRISIONEIRO DA GRADE DE FERRO
Documentário, Brasil, 2003, 123 min. Direção: Paulo Sacramento.
Um ano antes da desativação da casa de detenção do Carandiru, detentos aprendem a usar câmeras de vídeo e documentam o cotidiano do maior presídio da América Latina.

DOCUMENTÁRIOS/FILMES
Sábado, às 17h

DIA 07/07: RÉQUIEM PARA UM SONHO
E.U.A, 2000, 102 min. Direção: Darren Aronofsky.
Conta a perturbação e histórias de personagens que se envolvem com seus sonhos e vícios.
Mediador do debate: Clébio Ferreira (Dêde)

Dia 28/07: MUITO ALÉM DO CIDADÃO KANE
Inglaterra, 1993, 30 min. Direção: Simon Hartag.
O documentário discute o poder sombrio da rede Globo, na pessoa de Roberto Marinho, com o cenário político brasileiro.
Mediador do debate: Fuga

PALESTRA
Dia 21/07: "MST, e as lutas pela Reforma Agrária”
Palestrante: Prof° Odair

CURSOS E OFICINAS
CURSO DE LIBRAS - Linguagem brasileira de sinais
OFICINA DE MARCHETARIA - técnica de revestimento com folhas de madeira.
Todos os sábados das 13 às 15h

Evento Cultural ÁFRICA-BRASIL (2007)

29/07 as 16:00hs entrada franca

AFRICA-BRASIL
A nossa verdadeira Origem

AZAIEL - reggae
DJEMBEKAN- O som do djembê
BRUNO BRASIL - MPB
GRUPO PANDORA - teatro
CAOS DO SUBÚRBIO - rap
BALLET AFRO KOTEBAN - dança afro

EXPOSIÇÃO: SELOS AFRICANOS - casa das Áfricas

ARTE VISUAL , COMIDAS, EDUCAÇÃO AMBIENTAL, POESIA E MUITO MAIS...

Rua José Correa Picanço nº 595, Perus (antiga sede)
tel: 3918-8259
email: quilombaque@gmail.com


SARAU DO GATO (2007)


A Comunidade Cultural Quilombaque abre as portas para mais um evento em sua sede. É o Sarau do Gato, preparado pelo grupo Ciameses de Teatro.

O tema do sarau é "Ritual: a arte é um ritual, o ritual é uma arte".

O evento está aberto à toda comunidade. Então, traga sua poesia ou seu texto, ou textos de outros autores, e troque idéias e leituras conosco.

Quando?
Dia 08 de dezembro às 18 horas.
Onde?
Na sede da Comunidade, na Rua José Correia Picanço, 595, Perus. (antiga sede)

Contamos com a presença de todos. Até lá!

Sarau do Gato é marcado pelo clima contagiante da arte

Não precisa nem ser dito. Ou melhor, não precisou. Através dos olhares trocados entre os presentes no Sarau do Gato realizado na Comunidade Cultural Quilombaque em Perus, ficou perceptível o clima criado que deixou todos à vontade para mostrar sua arte por meio dos rituais.

“Ritual: a arte é um ritual, o ritual é uma arte” foi o tema do Sarau, produzido pelo Cia.Meses de Teatro, que levou para Perus a oportunidade dos moradores entrarem em contato com novas possibilidades artísticas, em um espaço aberto à todos aqueles que quisessem compartilhar de alguma forma as suas artes. Esse já foi o quarto Sarau do Gato realizado pelo Cia.Meses e o primeiro na Comunidade Quilombaque.

Uma prova de que uma aura de abertura de pensamentos e sensações foi conseguida são os depoimentos dos organizadores e participantes do Sarau. Não há prova melhor e mais legítima. Por todo lugar que se olhava naquela garagem transformada em sede da Quilombaque foi possível perceber a essência e a emoção presente em cada corpo naqueles momentos de troca, comunhão e exaltação da cultura.

Monólogos, peças teatrais diversas, percussão, cirandas, oferendas. Enfim, todas as apresentações sem exceção contribuíram para o sucesso do Sarau do Gato e agregaram maiores percepções para os rituais nossos de cada dia.

Sarau do Gato na Quilombaque, uma noite para ficar na memória de todos os que estavam presentes e que acreditam na transformação – seja ela qual for – através da arte, da cultura, da representação de nossa história e da busca de nossa identidade cultural. (2007)

[Silvio Luz] Foto: Fofão

Retrospectiva Quilombaque 2007


2007. Ano em que a Comunidade Cultural Quilombaque firmou o pé de vez em Perus e transformou um pouco mais o cenário socio-cultural do bairro periférico e com poucas alternativas de lazer.

Muitas oficinas foram iniciadas e muitos projetos foram postos em prática. Percussão, libras, marchetaria, jogos teatrais, artes circenses. Cada uma delas foi fundamental para a consolidação da ideologia presente nas mentes dos fundadores da Quilombaque.

Visto de dentro para fora, fica a impressão de que muita coisa foi feita, mas a certeza que se agiganta cada vez mais é que a missão foi iniciada, que ainda há muita coisa por fazer e que este é um caminho sem volta. E, com cada vez mais visibilidade dentro do bairro e até fora dele, o nome e a essência da Comunidade Cultural Quilombaque estão cada vez mais fortes, o que faz os seus fundadores continuar acreditando no projeto e abrindo espaço para todos os que querem colaborar de alguma forma com o propósito de levar cultura, informação e consciência para a periferia.

Como reflexo de todo o avanço alcançado em 2007 foi iniciado o processo de viabilização da Comunidade Cultural Quilombaque, que terá um registro como pessoa jurídica. Com isso, a Quilombaque dará mais um passo à frente em busca da organização oficial, visto que a estrutura física já está bem sedimentada.

De todas as oficinas postas em prática neste ano, a de percussão foi a que proporcionou maior visibilidade à Quilombaque e às suas idéias. Não porque seja a melhor oficina organizada pela Comunidade, mas pelo fato de estar mais perto da população carente do bairro de Perus, que aos domingos ficava em casa sem muitas opções. Depois de iniciada a oficina, qualquer um que passasse no entorno da escola Jairo de Almeida, no Recanto dos Humildes, poderia conferir as aulas, aprender o ritmo ensinado no dia ou simplesmente assistir.

Finalizadas na primeira quinzena de dezembro, todas as oficinas sem exceção são a prova do fortalecimento da Comunidade Quilombaque e da aproximação efetiva dos moradores de Perus. Os desafios ainda são muitos, pois ainda há muita gente para ser conquistada e conscientizada. Sim, porque querendo ou não, a Quilombaque conquista cada vez mais adeptos para perto de si, sejam participantes de oficinas e cursos, sejam pessoas dispostas a coordenar e desenvolver essas oficinas, sejam, por fim, os parceiros que acreditam nesses projetos.

Além das oficinas já consolidadas e com espaços garantidos, a Quilombaque também realizou eventos e palestras de cunho cultural e educativo. Como eventos tivemos o África-Brasil, que foi composto – entre outros elementos – pela dança afro do Koteban, por tambores africanos, apresentação teatral e manifestações do hip hop e o Super 10, evento que uniu basquete e hip hop. É pertinente incluir também no rol de eventos os cortejos e apresentações do grupo Refúgio, resultado da oficina de percussão. As palestras ficaram por conta do professor Billy, que envolveu os participantes em um debate sobre a questão do negro na sociedade de hoje, e o professor Odair, que falou sobre o MST e as lutas por reforma agrária. Seguindo na descrição das realizações culturais desse ano, não podemos deixar de citar as sessões abertas ao público do CineQuilombo, com filmes e documentários conscientizadores, e o funzine “Chega de Palhaçada”, produzido e distribuído para a comunidade com discussões sobre identidade cultural, propaganda alienante e o significado da palavra cultura. E por fim, tivemos o Sarau do Gato, produzido pelo Cia.Meses de Teatro, que abriu espaço para diversas manifestações artísticas como teatro, música e ciranda.

Mesmo que o processo de legalização não esteja finalizado, a Comunidade Cultural Quilombaque mostra a cada iniciativa e oficina desenvolvida a sua vontade de continuar difundindo cultura e arte no bairro de Perus, abrindo assim novos horizontes para seus moradores, que são os agentes de qualquer mudança pretendida. A mudança efetiva e profunda não se dará com iniciativas localizadas, que não visem incorporar todos os elementos interessados na transformação da realidade. E é exatamente o contrário disso que a Quilombaque busca desde o seu início, em 2005. Agregando cada vez mais voluntários, amigos e parceiros, a Quilombaque aumenta ano após ano a rede de agentes da transformação social, política e cultural.

[Silvio Luz]

Programação Março/2008

Confira a programação que a Quilombaque preparou para março, mês voltado para a Mulher!

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segunda-feira, 15 de junho de 2009

I Movimento Eco-Cultural

Cultura: arma por um meio ambiente mais saudável

A Comunidade Cultural Quilombaque é responsável pela organização e produção do I Movimento Eco-Cultural, que acontece em Perus neste sábado (20/06). As oficinas de conscientização sobre o meio ambiente vão tomar conta da Praça Inácia Dias a partir das 11h. Confira abaixo o cartaz com toda a programação.

Antes do evento, nos encontraremos na Praça Inácia Dias nesta terça (16/06) e quinta-feira (18/06), em frente à estação de trem Perus, a partir das 13h. À sombra de árvores frondosas (e também do viaduto que passa por cima da praça), vamos começar o processo de restauração da pintura do histórico CORETO. Na ocasião, vamos fazer a raspagem das pinturas anteriores para que, no sábado, possamos dar nova vida ao monumento com TINTAS NATURAIS.

Pedimos a colaboração de todos nesta jornada, que está só no início, para revitalizarmos a Praça e a nossa Comunidade.

Local: Praça Inácia Dias (em frente a estação de trem PERUS - praça do CORETO)

Data: 16 e 18/Junho (terça e quinta) - a partir das 13:00 horas.

IMPORTANTE: Precisamos de espátulas para raspar o coreto e pedimos também a contribuição do Lanchinho Comunitário.


Programação - Junho

Confira nosso cronograma de atividades

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terça-feira, 2 de junho de 2009

Reciclagens e um ambiente mais bonito

Forro de caixa de leite é nova aposta da Quilombaque

A preocupação socio-ambiental é uma das plataformas de atuação da Comunidade Cultural Quilombaque no bairro de Perus. Entre outras iniciativas, a aposta da vez é forrar com caixinhas de leite (cujo lado interior é metalizado) as telhas do espaço destinado aos shows e eventos da associação. O principal objetivo é melhorar o conforto térmico no espaço, pensando sempre na reciclagem como um meio de economia e transformação ambiental. O forro pode diminuir até 10ºC da sensação térmica local.

Na última segunda (01/06), para começar bem o segundo semestre de 2009, Déborah Moraes e Clébio Ferreira - vulgo Dedê -, membros da Quilombaque, se juntaram aos alunos Leonardo Maia, Elisângela Alves, Camila Vasconcellos e Indaiá Sartori do curso A Casa Saudável - ministrado pelo arquiteto Xico Limada na UMAPAZ (Universidade Aberta do Meio Ambiente e da Cultura de Paz), um projeto da Secretaria Municipal do Verde e do Meio Ambiente em parceria com o Parque do Ibirapuera - para implantar a idéia no espaço da Comunidade. Unindo seus conhecimentos, deram início ao processo de cobertura interna do telhado com as caixas de leite, fruto de doações.

Detalhes do projeto

O alumínio das embalagens de leite e de outros alimentos longa vida funciona como refletor de calor, aumentando o conforto térmico de espaços fechados. Nas caixinhas, o alumínio protege os alimentos da incidência de luz, entrada de oxigênio e de vírus.

Para as instalações da Comunidade, a proteção térmica; para o planeta Terra, benefício ecológico garantido, com a diminuição do volume de produtos descartados nos lixões. Estima-se que o alumínio em meio natural demore 200 anos para se decompor, e o plástico, aproximadamente 400 anos. Para a forração completa do galpão de eventos, a Quilombaque estipula que sejam usadas 1.500 caixas de leite.

Se quiser saber mais sobre o forro com caixinhas de leite, deixe seu e-mail que encaminharemos o projeto Forro Vida Longa, da Faculdade de Engenharia Mecânica da Unicamp. Também aceitamos doações de caixinhas que tenham em seu interior esse material metalizado. Elas podem ser entregues na sede da Comunidade Cultural Quilombaque.

Confira as primeiras fotos da iniciativa em nosso espaço: